terça-feira, 15 de outubro de 2013

Broken Bicycles



Broken bicycles, old busted chains
With busted handle bars out in the rain.
Somebody must have an orphanage for
All these things that nobody wants any more
September's reminding July
It's time to be saying good-bye
Summer is gone, Our love will remain
Like old broken bicycles out in the rain

Broken bicycles, don't tell my folks
There's all those playing cards pinned to the spokes
Laid down like skeletons out on the lawn
The wheels won't turn when the other has gone
The seasons can turn on a dime
Somehow I forget every time
For all the things that you've given me
Will always stay, there broken but I'll never throw them away

Marcha (Cecília Meireles)

"As ordens da madrugada
Romperam por sobre os montes:
Nosso caminho se alarga
Sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
E alguma esmola de vento
Quebram as formas do sono
Com a ideia do movimento.
Vamos a passo e de longe;
Entre nós dois anda o mundo,
Com  alguns vivos pela tona
Com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
De países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
Mais minha dúvida aumento.
Também não pretendo nada
Senão ir andando à toa,
Como um número que se arma
E em seguida se esboroa,
- E cair no mesmo poço
De inércia e de esquecimento,
Onde o fim do tempo soma
Pedras, águas, pensamento.
Gosto da minha palavra
Pelo sabor que lhe deste:
Mesmo quando é linda, amarga
Como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento."