E revejo o que tenho para fazer
Pois, por hora, me esqueci
Rebobinada com os olhos assim
quentes, agulhões d'água
E é só neles que penso agora
Meu corpo a zumbizar dementemente
E eu fecho os olhos porque nessas horas
eles querem sempre estar lavados
recebendo ao menos um pingo
de uma diluviada inteira
e seguro o olhos com força
até o negrume esverdear
- O que tenho para fazer?
E já me esqueci de novo
Eu não devia ter vindo ao trabalho hoje
Eu não devia sequer ter acordado
Hoje eu não tô podendo sair de mim
Meus olhos assim
sabinados
salgados
maremolentes
não sei nem o que estou fazendo aqui
com um mar inteiro batendo nas minhas portas
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário