A LUA FOI AO CINEMA,
PASSAVA UM FILME
ENGRAÇADO,
A HISTÓRIA DE UMA ESTRELA
QUE NÃO TINHA
NAMORADO.
NÃO TINHA PORQUE ERA APENAS
UMA ESTRELA BEM
PEQUENA,
DESSAS QUE, QUANDO APAGAM,
NINGUÉM VAI DIZER, QUE
PENA!
ERA UMA ESTRELA SOZINHA,
NINGUÉM OLHAVA PARA
ELA,
E TODA A LUZ QUE ELA TINHA
CABIA NUMA JANELA.
A LUA FICOU TÃO TRISTE
COM AQUELA HISTÓRIA DE
AMOR,
QUE ATÉ HOJE A LUA INSISTE:
— AMANHEÇA, POR FAVOR!
(Paulo Leminski. Melhores poemas de Paulo Leminski. São
Paulo: Global, 1999.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário