"Semanas, Severino Borges
vivia estreito qual num pote.
Num pote por estreito:
porque se pote, seco.
Só quando vinha um pastoril
rompia o pote que o vestiu
E romperia um dique,
dado que era a atrizes.
Dava-se então noites seguidas,
e literalmente, às artistas.
E se dava: primeiro
jogando-se em dinheiro.
Depois, quando jogara todo,
dava-se nas roupas do corpo,
jogando-as, peça a peça,
querendo ir numa delas.
Vendo que tudo o que jogara
não o pôde levar de embrulhada,
nu, dá-se sem queixa
à polícia que o leva.
Vai triste, e ninguém nunca sabe
se por saber dar mas não, dar-se,
ou por não ser livre
de poder repartir-se."
vivia estreito qual num pote.
Num pote por estreito:
porque se pote, seco.
Só quando vinha um pastoril
rompia o pote que o vestiu
E romperia um dique,
dado que era a atrizes.
Dava-se então noites seguidas,
e literalmente, às artistas.
E se dava: primeiro
jogando-se em dinheiro.
Depois, quando jogara todo,
dava-se nas roupas do corpo,
jogando-as, peça a peça,
querendo ir numa delas.
Vendo que tudo o que jogara
não o pôde levar de embrulhada,
nu, dá-se sem queixa
à polícia que o leva.
Vai triste, e ninguém nunca sabe
se por saber dar mas não, dar-se,
ou por não ser livre
de poder repartir-se."
Nenhum comentário:
Postar um comentário