Meu Deus
Que me sinto tão desconfortável em minha pele
Tão inquieta com o que faço do que sou
Que tenho de acolher minhas falhas
Por não saber silenciar minha alma
Sei apenas ser outra diante do mundo
Por não saber ser inteira e perdoada
Que não posso corrigir-me
Neste exato momento em que preciso
E tenho de esperar
Esperar
Esperar
Pelo tempo:
Em que consiga mordê-lo e o rasguá-lo, comendo-o todo para mim
Sem admitir mais promessas, palavras longíquas, olhares duvidosos
Porém agora continuo no ponto antigo de tantas questões
E ainda maltrato quem amo
Pelo mal que há em mim
Ainda maltrato a mim mesma
Por saber do que não gostaria de sentir
Resguardo-me em uma conchinha
Fecho-me sem respirar
Que nem mais uma palavra seja dita
Nem mais um gesto
Para consolar a minha inveja ou minha autodepreciação
Que eu faça meu próprio caminho
Assim do jeito que desejo
Assim do jeiro que nasci para ser:
inteira. caminhante. forte. certa.
Que eu me alcance.
Que eu me alcance.
Que eu me alcance.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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