O maquinista
Maquinava, maquinava e maquinava
Em um quadro preto e branco
Vivia na Inglaterra
Filho de uma ilha industrial
E o vento frio rachava seu bigode ao meio e o penteava
Uú Uú
Dizia o seu pequeno trem
Enquanto ele se deslocava entre uma mina e outra
Um trabalhador
Rudimentar maquinista do vapor
Entre uma mina e outra
Depois de mais de cem anos
O trenzinho descarrilou
E o maquinista foi jogado para fora de seu trem
Furou a tela do quadro e caiu no chão da sala
Olhando a tela a distância
Viu que nada se movia
Havia apenas um pequeno buraco que marcava o acidente
E o trem caído no chão
As minas continuavam lá
O sol escuro em pedra
A vida parada em preto e branco
E dele não sentia falta
O maquinista não entendeu
Do que consistiu a sua vida
Não fosse pelo acidente
Jamais saberia para onde estava indo.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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