domingo, 15 de novembro de 2009

A libertação dos cavalos

O desânimo nunca foi guerreiro. Portanto, estrelinha miúda e delicada do meu céu, não pare nunca de brilhar mesmo diante dos mais escuros cadafalsos de meus medos.
[PAUSA] Preciso dizer um segredo:

Desamarrei as cordas dos meus desejos!

Como seria agora a facínora de me negar?
De me impedir?

[PAUSA]
Ficaram com medo do que será de mim
E me dizem:
Pé na frente e o outro atrás
Não seja assim tão cega de coragem

Como um touro, eu respondo:
Não afoguem minha luz
Nem me confundam com talismãs de falsa segurança
Engolir o ímpeto depois descobri-lo
É quase tão difícil quanto aceitar a morte
É quase tão morrente quanto a própria morte

E o que sobra é quase a vida
Bastarda, irreconhecível
Como um animal abandonado pelo seu bando.

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